Em um cenário alarmante, a rodovia BR-376, que corta o estado de Mato Grosso do Sul, já registrou sete acidentes com mortes somente este ano, de acordo com dados levantados pela reportagem do site MS24h. O trecho em questão compreende desde o entroncamento da rodovia com a BR-163, em Dourados, até a cidade de Nova Andradina. Os números revelam uma situação preocupante que está gerando debates e reivindicações por parte dos moradores locais.
Setembro negro: 3 mortes em acidentes
Somente no mês de setembro, a BR-376 testemunhou três acidentes fatais. O mais recente ocorreu devido à colisão entre duas carretas entre Deodápolis e Ivinhema. Tragicamente, o motorista de uma das carretas não resistiu aos ferimentos e veio a óbito no local do acidente, mesmo após ser resgatado das ferragens por populares.
Comparativo com anos anteriores
Dados da PolÃcia Rodoviária Federal (PRF) revela que em 2022, foram registrados 16 acidentes fatais, resultando na perda de 20 vidas ao longo da BR-376 entre Dourados e Nova Andradina. No ano de 2021, sete acidentes ocorreram, resultando em oito mortes.
A assessoria da PRF em Mato Grosso do Sul ressaltou que a PRF assumiu a jurisdição da BR-376 entre Ivinhema e Nova Andradina, antiga MS-276, em outubro de 2020, e, portanto, os dados deste trecho especÃfico são contabilizados a partir dessa data. Para o ano de 2023, os números apresentados compreendem o perÃodo de 1 de janeiro a 12 de setembro.
Pressão por melhorias e duplicação
O aumento significativo de acidentes fatais na BR-376, especialmente no trecho que abrange as cidades de Fátima do Sul e Vicentina, tem gerado intensos debates entre os moradores locais. Recentemente, o prefeito de Vicentina, Marquinhos do Dedé (PSDB), realizou uma transmissão ao vivo em seu perfil do Instagram para discutir seus esforços em buscar recursos junto ao Governo Federal para a tão aguardada duplicação da BR-376 entre Vicentina e Fátima do Sul.
A população, ao tomar conhecimento desses esforços, manifestou seu apoio à iniciativa do prefeito, reconhecendo a urgência de medidas que garantam a segurança dos usuários da rodovia, que vem registrando repetidos acidentes fatais.
Radar eletrônico não é suficiente
Neste mês de setembro, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) instalou um radar eletrônico de velocidade máxima de 80km/h no quilômetro 32 da BR-376. Entretanto, segundo relatos dos moradores, essa medida não garante que evitar novos acidentes nesse trecho, e muito menos acidentes graves com potencial fatal.
Vale ressaltar que a BR-376 voltou a ser uma rodovia federal em 2020, anteriormente à mesma era administrada pelo Governo do Estado de Mato Grosso do Sul.
Os dados desta reportagem foram apurados junto à Assessoria da PRF em Mato Grosso do Sul, evidenciando a necessidade premente de ações concretas para a segurança dos usuários dessa importante rodovia.